O ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde Elcio Franco, durante depoimento nessa quarta-feira (9) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, ressaltou que a aprovação de vacinas depende de aval da Anvisa.
Além da compra de vacinas, Franco também foi questionado pelos senadores sobre o suposto “gabinete paralelo”, imunidade de rebanho e tratamento precoce.
Em resposta ao senador Jorginho Mello (PL-SC), o ex-secretário-executivo reafirmou que as negociações de vacinas foram lentas porque era necessário aguardar o aval da Anvisa.
Elcio Franco também reafirmou os esforços do governo federal para comprar somente vacinas seguras.
Por isso, o ex-secretário também defendeu a decisão de não comprar vacinas Pfizer em 2020. “Pareceu-nos que nem ela confiava no que estava vendendo”, disse Franco.
No contrato proposto pela farmacêutica, havia uma cláusula para que a empresa não assumisse os possíveis efeitos colaterais das vacinas, o que o Brasil se negava a aceitar.
Além disso, durante seu depoimento, Elcio Franco lembrou que consultorias jurídicas de ministérios desaconselharam assinatura de memorando com a Pfizer por conta de exigências que o Executivo não poderia garantir, como aprovação de lei, que dependeria do Legislativo.
Em resposta ao senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, sobre contratos para troca de tecnologia para o desenvolvimento dos imunizantes, Elcio Franco afirmou que somente a AstraZeneca se colocou à disposição para fazer esse tipo de parceria.
Sobre a Coronavac, o ex-secretário declarou que não houve ordens para atrasar a compra dos imunizantes.
Elcio Franco afirmou que a orientação de Bolsonaro e do ex-ministro Pazuello era adquirir o máximo de doses de vacinas, desde que eficazes e autorizadas pela Anvisa.
Ainda ao responder a Calheiros, Franco disse que o Ministério não fez contrato com o Instituto Butantan em outubro de 2020 porque a fase 3 de estudos clínicos ainda não havia sido concluída.
Após Omar Aziz (PSD-AM) afirmar que vacinas em fase 2 de teste já podem ser adquiridas, Franco relembrou que essa fase não garante segurança e eficácia por ter público restrito, pois é a fase 3 que pode comprovar os dois aspectos.
fonte: https://tercalivre.com.br/cpi-da-covid-ex-secretario-da-saude-ressalta-que-aprovacao-de-vacinas-depende-de-aval-da-anvisa/
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